segunda-feira, 6 de junho de 2011

Usar o corpo “junto” do cérebro é mais eficaz para resolver problemas

Quando temos um problema a resolver, não usar somente o nosso cérebro, mas o resto do nosso corpo também, nos ajuda a resolvê-lo melhor, segundo uma pesquisa da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

A eficácia dessa conexão já é conhecida pelos neurologistas. No entanto, após essa pesquisa aumentaram as evidências de que “ser capaz de usar o corpo na resolução de problemas altera a maneira como você os resolve”, afirma a professora Marta Alibali, autora do estudo.
- Os movimentos do corpo são um dos recursos que trazemos para os processos cognitivos, diz.
A conclusão do estudo de Alibali, realizado junto de seus colegas Robert Spencer, da mesma universidade, e Lucy Knox e Kita Sotaro, da Universidade de Birmingham, foi aliada a percepção que diz que, mesmo quando estamos resolvendo problemas que têm a ver com movimento e espaço, somos obrigados a pensar em outras estratégias se não pudermos usar o corpo.

O estudo envolveu dois experimentos. No primeiro, foram recrutados 86 estudantes universitários americanos, metade dos quais impedidos de mexer as mãos com luvas de velcro.
Na outra metade, outros estudantes foram impedidos de mover os pés, usando tiras de velcro. Postos do outro lado de uma tela opaca, eles tinham que responder em voz alta questões que faziam referências a movimentos.
Entre os que tinham permissão de se mexer, as questões foram resolvidas com o uso de estratégias perceptomotoras, ou seja, usando movimentos. Já os que tiveram os movimentos contidos, passavam a usar estratégias matemáticas com mais frequência.

No segundo experimento, 111 adultos britânicos fizeram a mesma coisa em silêncio e foram filmados, descrevendo as suas estratégias a seguir, com as mesmas conclusões do experimento anterior.

Os resultados evidenciaram questões mais profundas sobre a relação entre mente e corpo e sua relação com o espaço, diz Alibali.
- Como pensadores humanos, usamos metáforas visuais-espaciais para resolver problemas e conceituar as coisas, mesmo em domínios que não parecem físicos.

fonte:R7
postado por eliardo

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