sábado, 4 de fevereiro de 2012

16 mil terão câncer em 2012, diz Inca

No Dia Nacional do Câncer, o Estado tem o desafio de enfrentar a doença, que cresce entre os cearenses
Durante o ano, temos diversas datas para reforçar a prevenção e o combate ao câncer, considerado a segunda maior causa de mortes no mundo. Hoje é uma delas, o Dia Mundial do Câncer. Apesar de não haver atividades marcadas em Fortaleza, o aumento de casos de alguns tipos de câncer no Ceará alerta para os novos desafios no enfrentamento à doença.

Informações do Instituto Nacional Câncer (Inca) indicam que 16 mil cearenses terão algum tipo de neoplasia em 2012. Cerca de 6 mil deles terão câncer de pele. "Mas como é um câncer um pouco mais fácil de identificar e com maior possibilidade de cura, não é o mais preocupante", pondera o coordenador Comitê Estadual do Controle do Câncer, Luiz Porto.

Entre as mulheres, o câncer de maior incidência será o de mama, com 1.660 casos, enquanto os homens serão mais acometidos por tumores na próstata, com previsão de 2.240 pessoas. Mas, segundo o coordenador, mudanças no perfil socioeconômico da população estão aumentando a incidência de câncer de estômago e cólon (intestino grosso).

Nesses dois tipos de neoplasia, o principal fator de risco é a má alimentação. Enquanto o câncer de estômago costuma ocorrer em pessoas que não têm geladeira em casa ou consomem alimentos mal conservados, a falta de fibras e o excesso de massas e frituras na dieta prejudicam o intestino grosso.

"Há alguns anos, tínhamos de sete a oito casos de câncer de cólon a cada 100 mil habitantes. Neste ano, a relação será de 10 casos para cada 100 mil. É um dado preocupante, pois, com o aumento do poder aquisitivo, as famílias estão se alimentando mais, mas não necessariamente melhor", revela Luiz Porto.

A boa notícia é que as neoplasias de colo de útero e pênis estão diminuindo entre os cearenses. O primeiro já chegou a ser a principal causa de morte por câncer entre mulheres, e o Ceará é o segundo Estado brasileiro em casos de câncer de pênis.

Para o coordenador, a mudança está associada à adoção de hábitos de higiene e à menor incidência do papiloma vírus humano (HPV), fatores de risco para tumores nessas áreas. "É uma doença que preocupa porque pode levar à amputação parcial ou total do membro", ressalta.
fonte:diário do nordeste
postado por eliardo

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