Os consumidores cearenses precisarão pagar mais caro para adquirir biscoitos, massas e pães. Em abril, o preço desses produtos será reajustado em cerca de 6%. De acordo com Eugênio Pontes, presidente do Sindicato das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado do Ceará (Sindmassas) e do Sindicato das Indústrias do Trigo nos Estados do Pará, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte (Sindtrigo), a alta dos preços é um reflexo de uma combinação de fatores, com destaque para o reajuste no valor do trigo e para o aumento do dólar, que passou de R$ 1,70 para cerca de R$ 1,80.
"Nossos custos estavam baseados em patamares de dólar de R$ 1,70. O trigo, principal matéria-prima do setor, é importado e está baseado no câmbio. Assim, os contratos [de compra de trigo] que estão sendo pagos hoje são todos com o dólar atual. Esse valor deve ser repassado pelas próprias empresas, podendo variar de uma para outra. Apesar do aumento, acreditamos que o consumo desses produtos não será afetado, uma vez que houve reajuste no salário mínimo, o que possibilitará que a população absorva bem esse aumento", afirma.
Perguntado sobre o motivo pelo qual os preços de massas e biscoitos não caíram quando o dólar estava em baixa, Eugênio Pontes afirmou que, na época, o valor do trigo estava muito alto, com o mercado desfavorável.
"Desde 2008, o mercado do trigo não está se comportando de forma natural. Com a compra de commodities por fundos, o mercado de trigo passou a ser altamente instável. Assim, quando o dólar caiu, no ano passado, o patamar do trigo estava muito alto", explica. O presidente do Sindmassas e do Sindtrigo não soube precisar quando ocorreu o último reajuste no preço de massas e biscoitos, mas acredita que tenha sido há mais de seis meses.
"O mercado de massas e biscoitos é muito competitivo. Por isso, qualquer tipo de repasse é prejudicial para nós", acrescenta Eugênio Pontes.
Salários
Outro fator que está contribuindo para o aumento no preço de massas e biscoitos é a negociação para o aumento salarial dos empregados. No setor de panificação, este é o único fator que está influenciando o preço dos produtos, conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan), Lauro Martins. "Nós estamos discutindo a convenção coletiva, aumento salarial, e é possível que haja um aumento no preço por causa disso. O aumento também deve ser em torno de 6%, já em abril", afirma Martins. Atualmente, o setor emprega cerca de 35 mil pessoas. Na avaliação do dirigente, a alta do dólar ainda não afetou o setor e o preço da farinha de trigo permanece estável, com o saco de 50 quilos custando cerca de R$ 74,00.
Justificativa
"O dólar não afetou em nada o setor, até porque, ele está praticamente estável. Com relação ao preço da farinha de trigo, houve um aumento de 8% no início deste ano, mas esse incremento não foi repassado ao consumidor. A indústria assumiu o aumento, pois acreditava que a alta no valor da farinha de trigo não fosse ser mantida por muito tempo, o que não aconteceu. Hoje, o preço da farinha está estável. Contudo, com a negociação salarial, será preciso repassar esse aumento ao consumidor", explica Lauro Martins.
fonte:diário do nordeste
postado por eliardo
O MEU "biscoito" ainda tá sendo vendido (ou alugado, como preferiram) do mesmo preço ! Quem quiser pode aproveitar !!! rs rs rs rs
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