terça-feira, 10 de abril de 2012

Negócios Produção industrial no Ceará apresenta queda pelo 17º mês consecutivo

O saldo de produção da indústria cearense continua declinando em 2012. Em fevereiro, o recuo foi de 6% em relação a igual mês do ano precedente, conforme estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira (10). A última alta do comparativo mensal de cada ano foi registrada em setembro de 2010, quando houve melhora ante setembro de 2009. Ou seja, há 17 meses, as fábricas do Estado estão em ritmo de desaceleração contínua.

Dentre as 14 localidades pesquisadas pelo Instituto, o Ceará teve o pior desempenho no acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro 2011 - 2012), com registro de - 11,4%, resultado similar ao de janeiro (-11,3%). Apesar do crescimento de 2,5% na produção mensal entre janeiro e fevereiro de 2012, valor acima da média nacional (1,3%), o acumulado do primeiro bimestre deste ano está 6,9% abaixo de igual período de 2011, quando já apresentava desaquecimento.

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De acordo com o coordenador da Unidade de Economia e Estatística do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), Pedro Jorge Vianna, a indústria de transformação é responsável por 85% da produção cearense. E é nesse setor que se enquadram os segmentos mais prejudicados pela crise no Brasil - indústria textil, móveis, metalurgia da linha branca, calçados e artefatos de couro.

No entanto, o economista disse estar otimista para os próximos resultados. "Nossa expectativa é de que, em março, o saldo seja positivo. Em fevereiro teve o carnaval, é um mês menor que os outros, então a produção diminui."

No País
A produção industrial avançou em 7 dos 14 locais investigados pelo IBGE, na passagem de janeiro para fevereiro. O Pará teve o maior avanço, de 6,2%, eliminando parte da queda de 13,3% verificada em janeiro.

Os demais locais que registraram expansão na produção acima da média nacional (1,3%) foram: Rio de Janeiro (3,7%), Minas Gerais (3%), Ceará (2,5%) e São Paulo (1,5%). As demais taxas positivas foram observadas no Espírito Santo (1,3%) e Região Nordeste (0,8%).

Na outra direção, Paraná (-7,7%), Goiás (-3,9%) e Rio Grande do Sul (-3,5%) tiveram as quedas mais acentuadas, enquanto Bahia (-0,6%), Pernambuco (-0,5%), Amazonas (-0,4%) e Santa Catarina (-0,2%) apontaram perdas mais moderadas.

Na comparação com fevereiro de 2011, além do Ceará, mais 7 localidades registraram recuo na produção industrial. Rio de Janeiro (-9,0%), Amazonas (-8,3%), São Paulo (-6,6%) e Santa Catarina (-4,5%) tiveram perdas superiores à média nacional (-3,9%). Os demais resultados negativos foram verificados no Rio Grande do Sul (-2,1%), Espírito Santo (-2,0%) e Minas Gerais (-1,1%).

Por outro lado, a Bahia (20,1%) teve a expansão mais acentuada, refletindo, em grande parte, a maior produção do setor de produtos químicos (91,4%), prejudicada no ano anterior por apagões na região.

Também registraram resultados positivos: Região Nordeste (10,6%), Goiás (7,0%), Pernambuco (6,5%), Paraná (0,5%) e Pará (0,1%).
fonte:diário do nordeste

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