O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, preso por tentar entrar
com mais de 13 quilos de cocaína na Indonésia, será fuzilado “em um
futuro próximo”, segundo informou nessa quarta-feira o jornal local “The
Jarkata Post”. Moreira foi condenado à pena de morte em 2004. Ele
levava a droga na armação de um paraglider.
Ainda de acordo com a publicação, o Ministério Público Tangerang fez o
anúncio na última terça-feira informando que Marco e mais dois
estrangeiros, que estão no corredor da morte por tráfico internacional
de drogas, vão “enfrentar o pelotão do fuzilamento”.
"Nós preparamos para a execução, em coordenação com os ministérios
relevantes, as embaixadas e as famílias", disse o chefe da divisão de
criminalidade em geral, Andi DJ Konggoasa, ao jornal. Ainda segundo a
publicação, o brasileiro já teria feito seu último pedido: uma garrafa
de uísque Chivas Label.
Ao Portal da Band, o Itamaraty informou que está “ciente do caso e tomando todas as providências possíveis”.
Clemência
Desde a prisão de Moreira diversas ações do governo brasileiro foram
realizadas para impedir a morte do brasileiro. Em 2005, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva enviou um pedido de clemência ao governo
indonésio alegando que o tráfico de drogas é considerado um crime grave
no Brasil, mas que o país era contra a pena de morte em qualquer
situação.
Em 2008, o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, recusou
o segundo pedido de clemência feito pelo governo brasileiro, o que
significa que não há mais possibilidade de recurso.
Se for executado, como diz o jornal, Moreira será o primeiro
brasileiro morto por condenação no mundo e o primeiro ocidental
executado dessa forma na Indonésia.
Na época de sua prisão, ele alegou que fez o transporte da droga para
pagar as contas de um hospital em Bali, onde fez um tratamento após uma
queda de parapente, em 1997.
Outros casos
Além de Moreira, outro brasileiro está no corredor da morte na
Indonésia. O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 39 anos, foi
condenado após ser pego com Aeroporto Internacional de Jacarta em 2005.
Ele estaria transportando seis quilos de cocaína de São Paulo à
Indonésia. A droga estava em sacos plásticos dentro de pranchas de
surfe.
A única forma de se livrar da pena, seria o perdão dado pelo presidente. Gularte já perdeu a ação em primeira instância.
Em agosto do ano passado, o mineiro Valdeir Gonçalves Santos foi
julgado pela morte de uma família de catarinenses – pai, mãe e um filho
de sete anos - nos Estados Unidos. Ele confessou o crime para se livrar
da pena de morte.
O crime ocorreu no Estado de Nebraska. Ele e outros dois brasileiros
teriam torturado o patrão e assassinado a família por supostas dívidas
de trabalho. Um dos suspeitos foi deportado para o Brasil e outro ainda
aguarda julgamento.
Condenação diferente
Em 2005, a australiana Schapelle Corby, na época com 27 anos, também
chegou a ser condenada à pena de morte na Indonésia, mas conseguiu
reduzir sua pena para prisão perpétua. Em abril deste ano a pena foi
reduzida para dez anos de prisão, segundo o jornal "The Telegraph". Ela
também foi condenada por tráfico de drogas. Schapelle teria sido pega ao
tentar entrar com quatro quilos de maconha no país.
fonte:Band.com
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