O ataque frontal aos bancos privados e o uso das instituições
financeiras públicas para forçar a concorrência bancária não deixaram
dúvidas no mercado sobre a forte disposição do governo Federal de
perseguir taxas de juros estruturalmente menores.
Os
empréstimos ficaram mais baratos, o que tornou mais acessível pagar
dívidas antigas por meio de um refinanciamento. Também ficou mais fácil
financiar a casa própria, comprar um carro novo, assim como adquirir
outros bens de consumo, a exemplo de fogões, geladeiras, televisores e
computadores.
Removido o último obstáculo nessa
empreitada, a remuneração fixa da poupança, descortinou-se, por outro
lado, um cenário inédito no mundo das aplicações financeiras.
Nele,
a época em que o brasileiro podia colocar tudo o que tinha em um
investimento conservador e ainda assim contar com gordos rendimentos
parece que vai ficar na memória.
Cenários
A
partir de agora a questão será: como conviver com juros tão baixos?
Afinal, modalidades bastante populares e seguras como a própria
caderneta e mesmo os fundos de investimentos já não estão mais
proporcionando o retorno esperado pelo investidor.
De
acordo com analistas de mercado, os agentes econômicos, sejam eles
poupadores, ou mesmo tomadores de recursos, terão que, nesse momento,
procurar alternativas por melhores condições. O fato é que, tanto no
lado da oferta quanto no da demanda por recursos financeiros, afirmam, a
cultura, os comportamentos e as regras deverão passar por grandes
mudanças nos próximos meses.
Investimentos
Dessa
forma, tendo em conta essa nova realidade, como ficaram, então, os
principais investimentos do mercado financeiro e onde apostar, neste
cenário, para fazer o seu dinheiro crescer?
Para
responder a essa pergunta o Diário do Nordeste ouviu economistas para
apontar a melhor direção. Segundo esses especialistas, esse novo
ambiente de negócios exigirá do investidor maior esforço e que o mesmo
não se renda à primeira promessa de retornos mais altos para aplicar os
seus recursos.
Esses benefícios podem ser reduzidos
ou até mesmo anulados pelos custos de manutenção envolvidos e pela
incidência de impostos. Ao mesmo tempo, explicam, serão necessárias
avaliações mais cuidadosas por parte do investidor, com a dedicação de
mais tempo e atenção à escolha de aplicações mais adequadas ao seu
perfil.
Na avaliação desses profissionais, não basta dispor do dinheiro e sair por aí aplicando.
Além
da disponibilidade de recursos, alguns preceitos básicos como objetivo
para investir e o prazo que esse poupador terá para deixar suas
economias rendendo também são fatores fundamentais na escolha do melhor
investimento.
Nas próximas páginas, conheça o
comportamento das principais modalidades disponíveis, suas
características e as perspectivas futuras para quem está começando ou
pretende diversificar as suas aplicações.
Fonte: Diário do Nordeste
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