O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou nesta terça-feira (17) à noite
que passa por uma situação "muito constrangedora" por causa de um vídeo,
vazado na semana passada no Senado, que mostra uma mulher em cenas de
sexo. Ela seria Denise Leitão Rocha, uma de suas assessoras
parlamentares. A gravação circulou entre assessores e jornalistas que
cobrem a CPI do Cachoeira em meio a versões conflitantes sobre a origem e
as circunstâncias do vazamento, ainda não esclarecidas.
"É uma
situação muito constrangedora, disso [gravação] que é uma coisa muito
antiga, pelo que me disseram", disse Nogueira. Ele afirmou acreditar que
o vídeo foi feito antes de a assessora ser nomeada pelo gabinete, no
início de 2011, mas também não sabe como ele veio à tona.
O vídeo
chamou a atenção dos jornalistas durante o depoimento do prefeito de
Palmas, Raul Filho (PT), na última terça-feira (10), no Senado. Antes
disso, já era conhecido por alguns jornalistas, mas foi visto na tela de
laptops de alguns parlamentares durante a sessão. Na ocasião, Denise
chegou a entrar na sala, mas diante da curiosidade de fotógrafos e
jornalistas, evitou levantar o rosto e saiu em 5 minutos.
Depois
dos vazamento, o vídeo foi largamente repassado e exibido no comitê de
imprensa do Senado, onde ficam os jornalistas. Com a repercussão
interna, a assessora pediu um afastamento, aproveitando o período de
recesso dos parlamentares. "Achei bom ela tirar essa licença, para
evitar qualquer tipo de pré-julgamento, nem cometer injustiça, antes de
isso ser esclarecido", ponderou Ciro.
A assessora foi procurada
nesta terça, mas já não estava no gabinete. Os colegas disseram não ter
autorização para informar o telefone pessoal e ficaram de passar o
recado.
Ao jornal Extra, Denise afirmou que não viu o vídeo, mas
disse que pretende entrar na Justiça contra o responsável pelo vazamento
das imagens.
Ciro Nogueira não descarta um pedido da própria
assessora para se afastar definitivamente, nem uma eventual demissão,
mas disse que isso ainda não está em questão. "Estamos avaliando. Existe
essa possibilidade [de a assessora deixar o cargo], se for algo que
comprometa o trabalho do gabinete", disse, sobre a repercussão do vídeo.
"Mas não quero ficar especulando", afirmou.
O senador, contudo,
elogiou o trabalho de Denise e disse que ela foi selecionada para
trabalhar no gabinete após análise de currículos e entrevistas com
outros servidores. "Ela é advogada e acompanha o que acontece nas
comissões. Não tenho do que reclamar do trabalho dela não", disse.
Fonte: G1

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