Professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Unilab
criticaram nesta terça-feira (17) a proposta de reajuste salarial
apresentada pelo governo federal na sexta-feira (13). Segundo a
Associação dos Servidores das Universidades Federais no Ceará (Adufc), a
proposta do governo beneficia principalmente professores com doutorado.
De acordo com a Adufc, todavia, a maior parte dos professores do Ceará,
especialmente no inteiror do estado, não possuem doutorado.
Os
servidores da UFC e Unilab se reuniram nesta terça-feira no auditório da
reitoria da UFC para debater a proposta. Após a reunião, os professores
agendaram para quinta-feira (19) uma assembleia dos servidores para
votar a rejeição ou aceitação da proposta.
Nesta terça-feira, os
professores criticaram também o fato de que o reajuste apresentado pelo
governo começaria a valer a partir de junho de 2013 e o reajuste total
seria concluído em até três anos. Os servidores querem que o reajuste
seja aplicado a partir janeiro de 2013.
De acordo com a Adufc, a
assembleia marcada para quinta-feira vai confirmar a rejeição da
proposta do governo federal. Segundo a associação, a greve dos
professores está mantida até 23 de julho, data em que está prevista uma
nova reunião entre professores em greve o governo federal.
As
universidades federais do Ceará estão em greve desde 12 de junho e o
Instituto Federal de Ciência e Tecnologias do Ceará, desde 13 de junho.
Em todo o Brasil, 57 universidades estão em greve há dois meses.
Proposta do governo
A proposta do governo federal, que entraria em vigor a partir de
2013, reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de
"incentivar o avanço mais rápido a busca de qualificação profissional e
dos títulos acadêmicos". Segundo o documento elaborado pelo Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a
proposta apresentada pelo governo, apesar de reduzir os níveis, mantém,
na estrutura, a hierarquização vertical em classes.
Em nota, o
ministério afirmou que "todos os docentes federais de nível superior
terão reajustes salariais além dos 4% já concedidos pela MP 568
retroativo a março, ao longo dos próximos três anos". Pela proposta, o
salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva
será de R$ 8,4 mil. Os salário dos professores já ingressados na
universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$
7,3 mil (valor referente a fevereiro) para R$ 10 mil.
Fonte: G1
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