O governador Cid Gomes (PSB), em entrevista ao jornalista Paulo Henrique
Amorim, no programa Entrevista Record Atualidade, na noite de ontem,
quarta-feira (31), perguntado sobre se o PT fará ou não oposição ao seu
governo, disse que não rompeu com o PT no Ceará. Ele destacou que quatro
secretários do seu governo são filiados ao PT. “Estamos falando de
secretarias como Educação, Desenvolvimento Agrário, Cidades e Cultura. E
eu quero preservar essa parceria,” disse.
Cid Gomes exemplificou
ainda que o prefeito da sua cidade natal (Sobral), onde iniciou sua
carreira política é do PT com o apoio dele próprio. Sobre Fortaleza, o
governador disse que foi um caso pontual. “O PT de Fortaleza tem uma
tendência interna que domina é que é de difícil relacionamento,” disse.
Com
relação ao pós-eleição, Cid acredita que as coisas voltem ao seu
normal. Segundo ele, o conselho que deu ao prefeito eleito de Fortaleza,
Roberto Cláudio, foi que o seu dever é unir a cidade. “É verdade que
houve muito acirramento, muitas palavras ásperas, mas quem tem que ser
generoso é o vitorioso. É hora de estender a mão, procurar e pedir o
apoio do PT para ajudar a governar,” argumentou.
Para Cid é hora
de “deseleitorizar” o Brasil. É hora de trabalhar. Sobre o Estado, o
governador disse que existem questões urgentes para serem resolvidas
como o Fundo de Participação dos Estados (FPE), Royauts do Petróleo,
Reforma Tributária e muitos outros.
Recado reforçado
Na
verdade, o governador Cid tem deixado claro seu interesse de continuar
com a aliança com o PT. Agora é bom esclarecer em que bases se dará essa
aliança. O PSB abriu mão de sobral, mas tem o governo do Estado e, a
partir de janeiro, terá a prefeitura de Fortaleza. Enquanto o PT tem
Sobral e o PMDB terá Juazeiro do Norte. A aliança entre os três ainda é
muito desigual.
Agora é claro que o apelo pela reeleição de Dilma
é um grande trunfo do PSB na negociação com o PT. Os socialistas podem
entender que os petistas abrirão mão de tudo, ou quase tudo, para
garantir apoio ao projeto nacional. Daí a avaliação de que o nome ao
governo poderia vir do PMDB e o senado passaria para o PT, que poderia
ficar com duas vagas. Esse caminho pode ser levado em consideração.
É
claro que isso contempla apenas os partidos maiores e deixa os menores,
como o PCdoB, sem uma atuação mais marcante. Eles teriam que se
contentar com a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa.
Mas,
independente, das decisões a serem tomadas é preciso destacar o esforço
do governador em manter a aliança que o elegeu em 2006 e reelegeu em
2010. É claro, que para que as coisas deem certo é bom que o governador
esqueça o nome de Leônidas Cristino para sucedê-lo. Afinal, não dá para
se ter tudo!
fonte:site miséria
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