quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Classe média gastou R$ 975 bilhões

A gerente de Projetos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), Alessandra Ninis, apontou ontem que a classe média brasileira gastou R$ 975 bilhões em 2011. "Se ela fosse um País, seria o 18º maior mercado consumidor do mundo, ou seja, estaria no G-20", comentou Alessandra, durante o IV Fórum Banco Central de Inclusão Financeira, realizado na capital gaúcha. Os dados fazem parte do estudo da SAE chamado "Vozes da Classe Média". Em junho, o órgão divulgou as faixas que leva em conta para definir as classes sociais da população brasileira, colocando como classe média as famílias de renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019.

Essa classe média dependeu, segundo Alessandra, da renda do trabalho para ascender. Segundo ela, na média, a renda desse grupo é 2,5 vezes mais alta que a da classe baixa, mas quatro vezes menor do que a da classe alta. Alessandra disse que essa parcela da população ainda faz pouco uso do sistema financeiro, já que 77% pagam despesas em dinheiro "Quanto ao endividamento, 28% da população da classe média tem dificuldade de honrar dívidas, proporção que cai para 19% na classe alta".

Fruto de transformações

De acordo com o diretor de regulação do sistema financeiro do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, "a emergência de uma nova classe média" no Brasil é fruto de "transformações profundas, de melhora das condições macroeconômicas do País", registradas nos últimos anos. O BC manifesta que cerca de 40 milhões de pessoas ingressaram nesse segmento da população nos últimos dez anos.

Para Awazu, a evolução das condições econômicas e sociais do País, com avanço do padrão de renda nos últimos anos, requer uma avaliação mais profunda sobre a demanda por serviços financeiros no Brasil.

Fonte: Diário do Nordeste












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