A cesta básica em Fortaleza chegou a R$ 255,11 no mês de outubro. No
ano, é o mais elevado patamar do conjunto de itens essenciais ao
consumo. A alta acumulada em 2012 já é de 18,54%. A maior dentre as 17
capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Conforme o Dieese, preço do arroz tem crescido em todas as cidades pesquisadas (Foto: Miguel Portela)
A inflação da cesta básica na capital cearense neste ano ficou acima
da de Manaus (16,59%), Natal (16,40%) e Recife (15,88%), onde também
foram registradas as maiores elevações do País. No outro extremo, as
menores variações entre janeiro e outubro de 2012 ocorreram em Salvador
(6,79%), Vitória (6,70%) e Goiânia (1,79%).
Na comparação dos últimos 12 meses, o conjunto de itens essenciais em
Fortaleza alcançou 28,40%. Índice que coloca a metrópole cearense no
topo do ranking de crescimento da inflação da cesta básica dentre as 17
cidades inseridas no levantamento do Dieese. Outras duas capitais
nordestinas, Natal (23,25%) e Recife (21,39%), foram os locais onde
houve despenho parecido. As mais baixas variações, porém, vieram de
Salvador (8,72%), Florianópolis (8,36%) e Goiânia (7,56%).
Em outubro do ano passado, eram necessários R$ 198,68 para adquirir a
cesta básica, ou seja, um custo de R$ 56,43 inferior ao que precisa ser
pago um ano depois. No mês, a cesta básica em Fortaleza registrou o
terceiro maior crescimento, com 2,54%. Recife e Manaus, com
respectivamente 4,49% 3,61%, apresentaram os avanços mais significativos
no período.
Arroz
De acordo com a economista do Dieese, Elizama Paiva, o forte período
de estiagem é diretamente reponsável pela majoração dos preços,
principalmente do tomate (121,74%), farinha (60,69%), banana (47,37%),
feijão (45,82%) e arroz (38,93%).
"Sobretudo o arroz tem subido muito, desde setembro do ano passado
esse item acumula alta em todas as regiões pesquisadas. Fortaleza compra
arroz de Pernambuco e do Rio Grande do Sul. A seca tem atingindo
fortemente os pernambucanos e os gaúchos estão preferindo a soja ao
arroz. Além disso, o frete é mais caro por conta da distância", diz
Elizama.
fonte:diário do nordeste
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