Em seu último pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão neste
ano, a presidente Dilma Rousseff adotou tom otimista ao fazer um
balanço sobre a economia nacional e os programas sociais de seu governo.
"Mesmo com o mundo cheio de incertezas, tivemos um ano bom e plantamos
as bases para que o próximo seja ainda melhor", disse neste domingo (23)
em discurso de 11 minutos.
Dilma citou como exemplos a criação de 1,7 milhão de novos postos de
trabalho até outubro deste ano, os investimentos em obras de
infraestrutura e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"Mantivemos a inflação sobre controle, melhoramos o câmbio e criamos as
condições para que os juros caíssem ao menor patamar da história.
Elevamos nossas reservas para R$ 379 bilhões de dólares, o que
representa uma segurança para o Brasil diante da instabilidade da
economia mundial", disse Dilma.
O tom otimista contrasta com projeção do crescimento da economia
brasileira divulgada semana passada pelo Banco Central. Após a
frustração do crescimento do terceiro trimestre, o BC fez uma previsão
de crescimento de apenas 1% em 2012, frente a 1,6% anunciado três meses
antes.
ENERGIA
Dilma voltou ao tema da redução das tarifas de energia, assunto
principal do pronunciamento do Sete de Setembro. Na ocasião, a
presidente anunciou uma redução de 16,2% na tarifa de energia dos
consumidores residenciais e de até 28% para consumidores industriais.
"O governo federal reduziu encargos que incidiam sobre a conta de luz.
Fizemos também acordos com a maioria das concessionárias. Elas irão
praticar tarifas mais baixas em troca da renovação de seus contratos.
Isso significa que no início de 2013, a sua conta de luz e das empresas
vão ficar menores", afirmou a presidente.
Quatro concessionárias geradoras de energia, entretanto, não aderiram ao
plano do governo. Na semana passada, o ministro Guido Mantega (Fazenda)
assegurou que a redução desejada pelo governo será alcançada.
"O corte será o que anunciei", garantiu Dilma no pronunciamento. A
presidente aproveitou ainda para fazer um "chamamento" aos brasileiros e
pedir que a sociedade mantenha a confiança no país.
"Aos empresários, [peço] para que acreditem e invistam no nosso país.
Este é um governo que confia no seu povo, no seu empresariado, que
respeita contratos e está empenhado na construção de novas parcerias
entre os setores público e privado", disse.
EDUCAÇÃO
Dilma citou números de programas da área social e da educação, como o "Minha Casa Minha Vida" e o "Ciência sem Fronteiras".
Para a presidente, a conquista "mais espetacular" neste ano para o país
foi a retirada de 16,4 milhões de brasileiros da situação de miséria.
Isso foi possível por meio da ampliação do "Brasil Carinhoso", braço do
programa "Bolsa Família" que garante um complemento variável de renda
para que os ganhos dos membros de uma família ultrapassem a linha
oficial da miséria, no valor de R$ 70 per capita.
"Nossa receita para um Brasil mais forte é investir na superação da
pobreza, na garantia da casa própria, na expansão do emprego, no aumento
das oportunidade de educação, no aprimoramento da nossa infraestrutura e
na competitividade de nossas empresas", resumiu a presidente.
Dilma afirmou que 2013 será um ano "ainda melhor" para o país. "Sou como
todos os brasileiros, uma otimista", encerrou a presidente.
fonte:folha.com
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