sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Juazeiro do Norte-CE: Homem é flagrado comendo lixo no mercado do Pio XII

José Gervsasio foi flagrado se alimentando de restos de comida jogada no lixo (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
A equipe do Site Miséria fez um flagrante da degradação humana e do descaso do poder público, no Mercado do bairro Pio XII, em frente a tradicional feira do peixe, no município de Juazeiro do Norte.

O repórter Normando Sóracles registrou o momento em que um homem se alimentava de restos de comida jogada no lixo. José Gervsasio - como disse se chamar - aparenta ter distúrbios mentais e diz residir na Rua Marechal Dutra, em frente ao numeral 222, no mesmo bairro em que foi flagrado.

Segundo informações de vizinhos, dentro da residência de José é grande a quantidade de ratos, baratas e outros insetos, que se juntam por consequência do lixo lá existente. Ainda de acordo com os adjacentes, o espaço é fétido e inapropriado para servir como moradia.

Populares fazem um apelo para que o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, tome conhecimento do caso e possa providenciar um tratamento específico para Gervasio, possibilitando-o uma vida mais humana.Visivelmente doente, o homem diz ter “três mil anos e que recentemente sofreu um acidente que lhe custou R$ 250.000,00”. Porém, mesmo diante de toda mazela, Gervasio mostra lapsos de lucidez ao falar que “não tenho dinheiro para comprar comida. Um único almoço custa mais de sete reais”.

Ele ainda nos conta que não recebe nenhuma aposentadoria, tampouco ajuda por parte do poder público local. Pessoas próximas a Gervasio dizem que o caso é mais grave do que se pode imaginar, por vezes, o homem bebe água do esgoto.

Em contato com o CAPS de Juazeiro do Norte, a terapeuta Ana Maria explicou que “o processo burocrático para internar um paciente é grande. Todas as pessoas em que atendemos, devem possuir carteira nacional de identificação e algum familiar ou responsável que possa assumir o chamado ‘pós-tratamento’, pois fazemos uma série de tratamentos, com médicos, psicólogos e terapeutas e após a alta, o paciente tem que fazer o uso de medicações, uma vez que ele apresenta distúrbios, logicamente ele fica impossibilitado de dar continuidade ao tratamento”.

Ana Maria ainda nos aconselhou a entrar em contato com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), pois no momento os cinco leitos existentes no CAPS estão todos ocupados. Entretanto, a mesma se comprometeu a levar o caso aos órgãos competentes.
fonte:site miséria

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