O seminário “O decênio que mudou
o Brasil”, para celebrar os 10 anos de PT na presidência da República,
realizado na noite desta quinta-feira (28), em Fortaleza, teve o objetivo de
reforçar o projeto nacional do PT de reeleger a presidente Dilma Rousseff em
2014. A intenção foi reunir a base aliada, mas o evento acabou colocando
desafetos lado a lado, expondo a crise que PT e PSB vivenciam em nível local. O
governador do Ceará, Cid Gomes, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio,
ambos do PSB, que ocupavam lugar de destaque na mesa, foram vaiados pela
plateia. Em contraponto, a presidente estadual do PT, ex-prefeita Luizianne
Lins, foi ovacionada.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva celebrou as ações destes dez anos de governo petista, que
proporcionaram ao Brasil, segundo ele, a capacidade de crescer, gerando renda.
Mencionou programas como o Bolsa Família, Brasil Carinhoso, Luz para Todos,
entre outros. Em vários momentos, Lula mesclava marcos do governo petista com a
história do movimento sindical e do próprio Partido dos Trabalhadores. “O
Brasil passou 20 anos sem ter projetos, sem ter obras, sem ter nada. Nesses dez
anos, recuperamos a capacidade de planejar, investir e executar”.
Antes disso, representantes de
partidos da base aliada no Ceará discursaram sobre os avanços do Governo
Federal. Cid Gomes destacou o privilégio de ter apoiado e ter sido apoiado pelo
PT em sua trajetória política e se disse orgulhoso por fazer parte dessa
história. À imprensa, Cid reafirmou que pretende apoiar a reeleição de Dilma e
que o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos,
poderia ser seu vice. Segundo ele, o PMDB já ocupa a presidência da Câmara
Federal e do Senado e nada impede o PSB de ampliar sua área de atuação.
Em todos os momentos esquivou-se
de perguntas sobre a relação com Luizianne, enfatizando que não comentaria o
assunto. Ao discursar, cumprimentou todos as autoridades presentes no palanque,
sem mencionar a ex-prefeita. Ela, por sua vez, ficou fazendo anotações,
demonstrando pouco interesse no discurso de Cid.
Fonte: O Povo
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