Em um longo perfil publicado
neste sábado, 24, pelo jornal norte-americano The New York Times, o presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, é retratado como alguém
direto, sem tato, mas que não tem medo de enfrentar o status quo brasileiro.
Segundo o perfil, as ações
recentes de Barbosa envolvendo o julgamento do mensalão, além de outros casos
que passaram pelo tribunal, tornaram o ministro do Supremo objeto de fascínio
popular. Ainda assim, em entrevista concedida ao correspondente da publicação
no Brasil, Simon Romero, Barbosa afirmou que seu temperamento não é o mais
adequado para o jogo político.
"Eu tenho um temperamento
que não se adapta bem à política. Isso porque eu falo o que eu penso",
disse Barbosa, personagem do "Saturday Profile" ("perfil de
sábado") do NYT. "Não sou candidato a nada."
O jornal fez também uma
ligação entre o trabalho do tribunal e a onda de protestos que tomou o País.
Barbosa explicou que discorda da violência de alguns manifestantes, mas disse
acreditar que os movimentos de rua são "um sinal de exuberância da
democracia."
"As pessoas não querem
ficar passivas e observar esses arranjos da elite, o que sempre foi a tradição
brasileira", disse ele.
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