Para aliviar as contas dos
municípios, médicos contratados por diferentes prefeituras no país serão
trocados por profissionais do Mais Médicos, programa do governo Dilma Rousseff
(PT) para levar estrangeiros e brasileiros para atendimento de saúde no interior
e nas periferias. A denúncia está na edição de hoje (dia 30) do Jornal Folha de
São Paulo. Na prática, a medida anunciada por prefeitos e secretários de saúde
pode ameaçar a principal bandeira do plano: a redução da carência de médicos
nesses lugares.
A reportagem identificou 11
cidades, de quatro Estados, que pretendem fazer demissões para receber as
equipes do governo federal. Segundo as prefeituras, essa substituição significa
economia, já que a bolsa de R$ 10 mil do Mais Médicos é totalmente custeada
pela União.
Outro atrativo alegado por
prefeituras para a troca de equipes é a fixação desse novo médico no município
por um período mínimo de três anos. Prefeitos reclamam da alta rotatividade dos
médicos, que não se adaptam à falta de estrutura nessas localidades.
As cidades que já falam em trocar
suas equipes estão no Amazonas (Coari, Lábrea e Anamã), Bahia (Sapeaçu,
Jeremoabo, Nova Soure e Santa Bárbara), Ceará (Barbalha, Cascavel, Canindé) e
Pernambuco (Camaragibe).
Hoje, as prefeituras recebem da
União cerca de R$ 10 mil por equipe no programa Saúde da Família. Complementos
de salários e encargos, porém, são pagos com recursos de cada cidade.
O plano de Dilma foi lançado em
julho e provocou polêmica na classe médica principalmente devido à vinda de
estrangeiros -- incluindo 4.000 cubanos, que devem ser deslocados para 701
cidades que não despertaram interesse de ninguém na primeira fase do Mais
Médicos.
Fonte: Folha de SP
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