No momento em que 841 municípios
nordestinos estão com reconhecimento federal de estado de emergência vigente, e
com o nível dos reservatórios em menos de 24%, nenhum programa de economia de
água foi anunciado até agora na região Nordeste. O alerta é do chefe do serviço
de monitoramento hidrológico do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
(Dnocs), André Mavignier.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico,
André ressalta que o problema maior está concentrado nos reservatórios
"por questões políticas". Segundo ele, já passou da hora economizar
água, o que deveria ter sido iniciado no ano passado.
Ele lembra que a situação no Ceará é
mais emblemática: "O problema é que a água restante está concentrada em
apenas 2 dos 85 reservatórios, deixando ainda mais complexo o sistema de
distribuição na região", ressalta.
Nos últimos três anos, as chuvas no
semiárido do Nordeste ficaram abaixo da média histórica e há uma ameaça real de
que isso aconteça novamente este ano, diz Marcelo Seluchi, coordenador-geral do
Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem),
órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Desde 2010, o nível dos reservatórios da
região vem caindo e não foram feitos investimentos suficientes em aumento de
capacidade de armazenamento de água. Além disso, os açudes (barragens) novos
que estão sendo construídos, não podem ter uma capacidade de armazenamento
maior por questões ambientais.
(com Ceará News7)
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