Após ganhar notoriedade imediata ao
dizer que estava “cagando e andando” ao comentar a inclusão de seu nome na
lista de investigados pela Lava Jato, o vice-governador da Bahia, João Leão,
resolveu pedir “desculpas à sociedade” e àqueles que irão apurar seu caso.
Filiado ao PP, partido com o maior
número de políticos sob investigação nesta fase da operação por ser ligado ao
ex-diretor da Petrobras e agora delator Paulo Roberto Costa, Leão causou
sensação com sua frase de baixo calão.
“Foram considerações feitas num momento
de profunda indignação e surpresa. Fiquei muito triste porque ao longo de 28
anos de vida política jamais passei por tamanha crueldade. Peço desculpas à
sociedade”, disse, em nota, neste domingo , 8.
Em seguida, Leão diz ser inocente e que
irá provar isso na Justiça, além de desculpar-se especificamente com quem irá
investigá-lo e julgá-lo. “Não há, da minha parte, nenhuma intenção de ofender o
Ministério Público, o Poder Judiciário, ou quaisquer outras instituições
essenciais na manutenção do Estado democrático de direito, nem pessoas.”
Por fim, pede “a Deus serenidade”.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT),
definiu como inadequada a declaração de seu vice, João Leão (PP). Apesar da
ressalva, o petista defendeu a inocência de seu vice.
“No momento de dor e de revolta você
pode acabar pronunciando palavras que não sejam as mais adequadas”, disse Costa
na manhã deste domingo, durante evento em Salvador. “Mas sua indignação é de
alguém que vai lutar para provar a sua inocência. Desde o princípio ele foi
enfático em afirmar que não tinha relação com esses fatos. Eu continuo
confiando nele”.
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