A presidente falou da situação do país e citou a crise internacional como um dos motivos dos problemas brasileiros
"Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo", disse a presidente ( Wilson Dias/Agência Brasil )
"Faço apelo para que a preocupação não se transforme em pessimismo", disse a presidente ( Wilson Dias/Agência Brasil )
A
presidente Dilma Rousseff admitiu, na manhã desta terça-feira, 25, que
2016 "não será um ano maravilhoso" para o Brasil. Em entrevista às rádios
Morada de Araraquara e Difusora de Catanduva, região do interior de São
Paulo onde cumpre agenda, Dilma culpou novamente a crise internacional,
citando especificamente a que atingiu neste início de semana os
mercados internacionais, em razão da turbulência no mercado chinês, e
disse que não é possível prever os reflexos no mercado brasileiro.
"Espero
que a situação melhore no futuro, mas não tem como garantir que 2016
será maravilhoso. Não teremos uma situação maravilhosa em 2016 (no
País), mas também não será aquela dificuldade imensa que muitos
pintam."
Na rápida entrevista, concedida por telefone do Palácio do Alvorada, antes de seguir viagem para cumprir agenda em quatro cidades, a presidente da República frisou que a economia brasileira é forte, mas como não há controle sobre a economia de outros países, é difícil prever os reflexos de tais crises no País.
"Vivemos um momento
de dificuldade, em que temos de fazer ajustes na economia para voltar a
crescer e é razoável que as pessoas se sintam inseguras e preocupadas
com o futuro", disse. E frisou: "Faço apelo para que a preocupação não
se transforme em pessimismo."
Dilma
reconheceu que as pessoas estão preocupadas com o emprego e com a alta
da inflação "que vem, de fato, crescendo", mas disse que a boa notícia é
que os índices inflacionários começam a cair, com um viés de baixa. "As
pessoas querem resolver tudo rapidamente, nossa ideia é que as
dificuldades sejam superadas o mais rapidamente possível." E alfinetou a
oposição: "Mas com gente torcendo pelo 'quanto pior, melhor', vai ser
mais lento sair da crise."
A
presidente voltou a falar da crise nos mercados internacionais dizendo
que a segunda-feira foi negra nos mercados asiáticos. "As dificuldades
não são apenas no Brasil", destacou. E disse que sua administração vem
adotando as medidas necessárias para o Brasil voltar a crescer, dizendo
que espera que a situação melhore rápido.
No
início da entrevista, questionada pelo locutor sobre problemas no Mina
Casa Minha Vida na região, Dilma negou que existam falhas neste
programa. "O Minha Casa Minha Vida, o qual vamos lançar a fase 3, sempre
passa por aprimoramentos, estamos abertos às sugestões." Na entrevista,
ela disse ainda que seu governo vai continuar incentivando o setor
sucroalcooleiro
Com informações do Diário do Nordeste
10:00 · 25.08.2015 / atualizado às 10:02 por Estadão Conteúdo
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