Total
silêncio. Esta é a postura que o governador do Estado, Camilo Santana
(PT), adotou diante da revelação de que ele e o secretário da Justiça e
Cidadania, Hélio Leitão, estariam temerosos em determinar a instalação
de bloqueadores nos presídios.
Ameaças
de membros das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e
Comando Vermelho (CV) em retaliar a atitude do governo teriam Camilo
Santana desistido de determinar a instalação das torres com bloqueadores
de sinal de celulares nos presídios e Casas de Privação da Liberdade
(CPPLs) na Grande Fortaleza.
Por
outro lado, a Polícia Civil deverá realizar, na tarde desta
terça-feira, uma reunião com representantes da Polícia Federal e do
Exército Brasileiro com o objetivo de discutir o avanço das facções
criminosas PCC e CV em Fortaleza. As duas organizações estariam
assumindo o total controle do tráfico da cidade e, ao mesmo tempo,
reunindo em torno de si quadrilhas ou gangues que antes eram rivais e
duelavam constantemente, deixando um rasto de mortes.
No
fim de semana passado, os índices de assassinatos em Fortaleza caíram
de forma vertiginosa, causando surpresa dentro da cúpula da Secretaria
da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), cujo titular, delegado
federal Delci Teixeira, também não fala sobre o assunto, segundo ordem
do governador.
A
ordem dos traficantes chefes das facções foi acabar com as execuções
sumárias ou, pelo menos, manter uma trégua. A ordem foi cumprida
fielmente e apenas quatro casos de assassinatos aconteceram em Fortaleza
entre a sexta-feira e o domingo, quando, em geral, ocorrem, em média,
entre 20 a 25 casos.
Proibidos
Delegados
da Polícia Civil e oficiais da PM estão proibidos de falar sobre o
assunto. Esta é a estratégia da SPPDS e do Palácio da Abolição.
Já
a Polícia Civil começou a ouvir donos ou moradores de casas da
periferia da Cidade em cujos muros e fachadas foram pichadas ou
grafitadas mensagens e imagens remetendo às duas facções.
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
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