terça-feira, 1 de março de 2016

Facções impõe a lei de "não matar" e taxas de homicídios caem drasticamente na Capital em fevereiro

Crimes tiveram redução em fevereiro em vários bairros dominados pelo tráfico.

O mês de fevereiro terminou com o registro de 295 casos de assassinatos em todo o Estado do Ceará, entre homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte. O número de pessoas executadas é inferior ao de fevereiro de 2015, quando foram registrados 334 casos. O pacto selado entre facções criminosas na periferia de Fortaleza fizeram os números da violência cair.

Dos 295 casos de homicídios, 124 ocorreram no Interior, além de 84 casos na Capital e mais 87 nos Municípios que compõem a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Entre as 295 vítimas, 33 adolescentes, sendo 23 mortos na Grande Fortaleza e outros 10 no Interior. Também foram assassinadas em fevereiro 23 mulheres e dois policiais militares. Ainda no mês passado, foram registrados 10 casos de assassinatos múltiplos (caso quando há mais de uma vítima), sendo oito duplos homicídios e dois triplos.

Outras 11 pessoas foram mortas em confronto com a Polícia. Entre as vítimas, três homens que tombaram sem vida num tiroteio com patrulhas do Comando Tático Rural (Cotar) na rodovia BR-020, no Município de Pedra Branca (a 285Km de Fortaleza), no último dia 11.

Facções impõem trégua

O número de assassinatos nas ruas de Fortaleza sofreu uma queda brusca e rápida tão logo foram selados acordos de paz entre gangues rivais de traficantes, por ordem das facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), que se instalaram em várias comunidades da cidade dominadas pelo tráfico de drogas.

Assim, bairros como Pirambu, Serviluz, Planalto Ayrton Senna, Conjunto Palmeiras, Vicente Pinzón, Barra do Ceará, Jardim Iracema, Vila Velha e Barroso – que apresentavam até janeiro último altíssimas taxas de homicídios – deixaram de figurar entre aqueles com maior incidência de tiroteios entre gangues com mortes ou execuções sumárias por “acerto de contas” do tráfico.

Em contrapartida, na Região Metropolitana de Fortaleza e no Interior, os registros de homicídios sofreram elevação, diante da fuga de vários bandos que antes eram instalados em favelas e outras comunidades da Capital, como o Pirambu.

As regiões do Vale do Jaguaribe, Inhamuns e o Cariri continuam sendo as áreas do Interior consideradas as mais violentas, onde os assassinatos persistem em desafiar as autoridades da Segurança Pública. Na primeira, foram registrados, 26 homicídios em um mês.

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