Em conversas com integrantes da cúpula do PMDB
nesta segunda-feira, 18, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
ressaltou que é preciso ter "cautela" e que o trâmite do processo de
impeachment na Casa deve seguir estritamente o que prevê o regimento para se
evitar a judicialização por parte do governo. A previsão dos senadores,
colocada na ponta do lápis na reunião, é de que a votação do processo de
impeachment, no plenário do Senado, ocorra apenas no dia 21 de setembro, uma
quarta-feira.
Nos cálculos de Renan, a comissão especial, que deverá ser montada no
Senado para votar a admissibilidade do processo de impeachment, deve concluir
os trabalhos no próximo dia 10 de maio.
Apesar de ainda restarem cinco meses para o
desfecho no plenário, o entendimento é de que um erro neste momento pode levar
o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF) e adiar ainda mais a conclusão do
processo de afastamento da presidente.
Para se evitar qualquer óbice na discussão do
impeachment, Renan deve se reunir com o presidente do STF, ministro Ricardo
Lewandowski, na tarde desta segunda-feira, para discutir os procedimentos que
deverão ser adotados na tramitação do processo.
Segundo a reportagem apurou, até o momento, Renan
não foi procurado nem por integrantes da cúpula do Palácio nem pelo
ex-presidente Lula para tratar do tema.
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