Amigo de Michel Temer, o criminalista
Antonio Claudio Mariz de Oliveira é, hoje, o nome mais cotado para comandar o
Ministério da Justiça num eventual governo do PMDB. Trata-se de uma das
principais grifes da advocacia nacional. Há quatro meses, em janeiro, Mariz
empurrou o seu prestígio para dentro de um manifesto com críticas radioativas à
Lava Jato.
Subscrito por mais de uma centena de
advogados, o texto se refere à operação que investiga o maior caso de corrupção
já descoberto no país como “uma espécie de inquisição.” Acusa a força-tarefa
que cuida do caso de praticar “violações de regras mínimas para um justo
processo''.
Mais: o manifesto endossado pelo
preferido de Temer alega que, na Lava Jato, desrespeitam-se princípios
elementares do Direito —a presunção de inocência, o direito de defesa e a
garantia da imparcialidade, por exemplo.
Muito mais: reclama-se no manifesto do
excesso de prisões provisórias, da atuação da imprensa, do vazamento seletivo
de informações sigilosas, da execração pública dos réus e da violação de
prerrogativas dos advogados.
Sem mencionar-lhe o nome, o documento
denuncia a suposta parcialidade do juiz Sérgio Moro. Classifica de
“desnecessárias” as prisões de corruptos e corruptores. “O Estado de Direito
está sob ameaça”, anota o texto subscrito por Mariz.
Mariz esteve com Temer há quatro dias.
Estava acompanhado do secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de
Moraes. Também amigo de Temer, Moraes está cotado para o posto de
Advogado-Geral da União. Já atuou como advogado de Eduardo Cunha, o notório
deputado que acumula as condições de réu e de presidente da Câmara.
Fonte: Blog do Jozias de Sousa
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