Em
meio à turbulência que atinge o Sistema Penitenciário do Estado do
Ceará, com rebeliões, fugas e assassinatos em série, uma nova bomba
“estourou” no colo da direção da Secretaria da Justiça e da Cidadania
(Sejus), órgão responsável pela gestão do setor. O assaltante de bancos e
apontado como responsável pelo maior furto a banco do País, decidiu por
conta própria voltar para a cadeia depois de uma fuga espetacular e, ao
mesmo tempo, misteriosa.
Antônio
Jussivan Alves dos Santos, o “Alemão”, mentor do furto de R$ 264,8
milhões dos cofres do Banco Central (BC)m, em Fortaleza, em agosto de
2005, fugiu da Casa de Privação Provisória da Liberdade Um (CPPL 1) e, a
no fim de semana, decidiu retornar àquela unidade, após ser convencido
por sua defesa.
“Alemão”
desaparecera no fim de semana marcado pela rebelião simultânea em, pelo
menos, seis unidades do Sistema Penitenciário na Grande Fortaleza. Sua
fuga até agora não foi confirmada nem desmentida pela Sejus. O titular
da Pasta, Hélio Leitão, não confirma a fuga do bandido que se tornou um
dos mais famosos do País ao liderar a quadrilha que driblou a segurança
rigorosíssima do BC, entrando no cofre por um túnel de 80 metros de
extensão.
Com o completo silêncio do governo acerca da fuga do assaltante, a Sejus contribui para as especulações em torno do fato.
“Alemão”
foi condenado, inicialmente, a 49 anos de cadeia por ter chefiado uma
facção do PCC responsável pela escavação do túnel e o furto milionário
nos cofres do BC, crime que acabou inspirando um filme brasileiro.
Depois, a Justiça Federal reduziu sua pena. Ele já esteve presos em
várias penitenciárias federais de segurança máxima no País, mas retornou
para o Ceará no ano passado.
FONTE: BLOG DO FERNANDO RIBEIRO
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