Abalados por uma forte crise fiscal, 18 dos 27
Estados estão com as contas no vermelho. Dados divulgados ontem pelo Banco
Central (BC) mostram que esse grupo gastou bem mais do que arrecadou nos
últimos 12 meses encerrados em abril. A situação mais grave é a do Rio de
Janeiro, cujo déficit primário chegou a R$ 4,2 bilhões naquele mês.
Em seguida, estão Ceará, com rombo de R$ 2,2
bilhões, e Bahia, com R$ 1,3 bilhão. Os números do BC também deixam claro que
houve um agravamento do quadro desde 2015. No mesmo período do ano passado, 11
unidades da federação estavam deficitárias.
Esse cenário foi tornado público ontem durante
divulgação das contas do setor público consolidado (governo central, estados,
municípios e estatais) em abril. Após dois meses no vermelho, os números
voltaram a ficar no azul e apresentaram um superávit de R$ 10,182 bilhões. O
valor, contudo, é 24% menor do que no ano passado. A redução do superávit dos
estados e municípios foi a mais elevada, de 38% — R$ 2,6 bilhões para R$ 1,6
bilhão.
Diante do quadro negativo dos governos estaduais, a
equipe econômica está disposta a dar um alívio extra no pagamento das dívidas
desses entes com a União. O tamanho da ajuda começou a ser negociado nesta quarta-feira
(1º), em uma reunião entre o secretário-executivo do Ministério da Fazenda,
Tarcísio Godoy, e os secretários de Fazenda estaduais. A ideia dos Estados é
propor, inicialmente, um desconto entre 60% e 80% nas parcelas que são pagas
mensalmente ao governo federal por um período de até um ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário