Uma
força-tarefa composta por representantes de, pelo menos, quatro órgãos
estaduais será formada para investigar as responsabilidades civis e
criminais pelos assassinatos e depredações registrados nos presídios da
Grande Fortaleza por ocasião da mega rebelião iniciada no último sábado
(21) e que ainda não foi totalmente controlada.
Ministério
Público Estadual (MPE-CE), Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do
Estado do Ceará (TJCE) e da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional
Ceará (OAB-CE) deverão formar a força-tarefa. A OAB já classifica o caso
como uma carnificina e diz que poderá responsabilizar o Estado pelo
caso.
O
procurador-geral da Justiça, Plácido Barroso Rios, informou que medidas
já estão sendo adotas para coletar provas sobre tudo o que aconteceu
nos presídios desde a manhã do último sábado, quando detentos de seis
unidades carcerárias localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza
iniciaram, simultaneamente, uma rebelião. Até agora, pelo menos, 15
presos já foram assassinados, conforme informa a Secretaria da Justiça e
da Cidadania (Sejus).
“Daremos
uma resposta à sociedade e as responsabilidades serão conhecidas, seja
de presidiários ou de servidores públicos”, advertiu Rios.
Polícia
Já
o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Valdemiro
Barbosa, voltou a responsabilizar o Governo pelos desdobramentos
violentos ocorridos nos presídios. Segundo ele, foi a Polícia Militar a
responsável por impedir que ocorresse a visita aos presos no fim de
semana, gerando um descontentamento que culminou na rebelião simultânea
nas Casas de Privação Provisória da Liberdade 1,2, 3 e 4, todas em
Itaitinga; além do Presídio do Carrapicho, em Caucaia; e o Presídio
Feminino, em Aquiraz.
Barbosa
foi mais além e denunciou que a Sejus decidiu transferir para uma
unidade prisional inacabada detentos de várias unidades destruídas.
Os
detentos estariam sendo levados para o prédio em construção que vai
abrigar a CPPL 5, cuja inauguração estava prevista para acontecer em
dezembro próximo. Segundo ele, a unidade não tem, ainda, condições de
receber os internos, pois falta água, energia elétrica, grades e outros
equipamentos necessários ao seu regular funcionamento.
Fonte: Blog do Fernando Ribeiro
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