sábado, 21 de julho de 2012

Cura para Aids está perto de ser encontrada, diz cientista

A virologista francesa Françoise Barre-Sinoussi, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2008 como parte de uma equipe que descobriu o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diz que a cura para a Aids está à vista, após o anúncio das últimas descobertas.

Ela citou o caso de paciente de Berlim que parece ter sido curada por um transplante de medula óssea, "o que prova que encontrar uma maneira de eliminar o vírus do corpo é realista".

Outras fontes de otimismo, segundo Barre-Sinoussi, são a pequena minoria de pacientes, menos de 0,3%, que não apresentam sintomas da doenças mesmo sem nunca receber tratamento, e um pequeno grupo na França, que recebeu medicamentos antirretrovirais e agora vive sem tratamento ou sintomas da doença. "Há esperança ... mas não me pergunte para uma data porque não sabemos".

A virologista francesa também disse que seria possível "em princípio" eliminar a pandemia da Aids até 2050, se as barreiras ao acesso a medicamentos forem eliminadas. Aproximadamente 25 mil pessoas devem participar de uma manifestação amanhã, em Washington, para exigir uma ação global mais firme contra a epidemia do vírus.

O número de mortes pela infecção está em queda em várias partes do mundo, enquanto o número de pessoas em tratamento subiu 20% entre os anos de 2010 e 2011, alcançando 8 milhões de pessoas, a maioria nos países mais pobres.

Mais de 34 milhões de pessoas no mundo todo estão vivendo com o vírus HIV, e 30 milhões morreram de doenças relacionadas à Aids desde a década de 80, quando a doença foi descoberta, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Luta contra a Aids (Unaids).

Prevenção
A primeira pílula para prevenir o HIV em adultos que se encontram em grupos de risco foi aprovada no último dia 16 pela Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos. O Truvada teve uma nova utilização aprovada pela FDA para prevenção contra o vírus causador da Aids, aliado ao sexo seguro e aos testes regulares. O medicamento é considerado por muitos especialistas uma nova e potente ferramenta contra o vírus da Aids, mas alguns provedores de serviço de saúde temem que incentive comportamentos sexuais de risco. 

Fonte: Diário do Nordeste

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