sábado, 27 de outubro de 2012

Elmano faz o último comício no Circuladô


O petista acredita que as pesquisas recentes não conseguiram captar o efeito da vinda do ex-presidente Lula


Durante o último comício de sua campanha, realizado quinta-feira à noite no Circuladô, Elmano de Freitas (PT) disse acreditar que a última pesquisa do Ibope, publicada quarta-feira pelo Diário do Nordeste, não conseguiu captar o efeito da vinda do ex-presidente Lula a Fortaleza. Para ele, o assunto ainda está repercutindo "na casa e no trabalho das pessoas" e a imagem do ex-presidente ainda não teria se esgotado na campanha dele.

Ontem, o candidato não teve agenda externa em razão do debate da TV Verdes Mares, no fim da noite. A prefeita Luizianne Lins comandou uma minicarreata, no fim da tarde passada. Hoje, Elmano fará duas minicarreatas. A primeira pela manhã e a segunda à tarde.

O evento no Circuladô reuniu dezenas de apoiadores, além da prefeita Luizianne Lins. O petista Francisco Pinheiro, titular da pasta de Cultura do Governo do Estado, marcou presença no evento. O Governo conta com três secretários do PT e, durante a campanha, a permanência deles nos cargos causou certo desconforto. Além de Pinheiro, tem Nelson Martins e Camilo Santana, todos deputados estaduais.

O vereador mais votado da Capital, Capitão Wagner (PR), também subiu no palanque do candidato petista. Todos os discursos das lideranças visaram incentivar os militantes a conquistar votos até hoje, véspera da votação. O PT contou ainda com o reforço do deputado federal João Paulo Lima, ex-prefeito de Recife, que na ocasião elogiou a administração de Fortaleza e pediu votos para Elmano.

Motivos

Questionado se tentaria atrair uma parcela da população que declara votar nulo, Elmano disse que é difícil chegar até essa fatia de eleitorado, pela sua imponderabilidade. "Tem vários motivos para votar nulo ou em branco. Mas tem aquelas pessoas que estão indecisas e, por estarem indecisas, querem votar em branco. O fato é que ninguém sabe o que esse eleitor vai decidir, só quem sabe é ele", declarou. O postulante fez questão de lembrar que a "eleição está em aberto", e o que fará o diferencial no resultado do pleito é o trabalho de militância dos partidos políticos.

O pleiteante do PT faz um balanço positivo de sua campanha, porque, segundo afirma, contou com um "partido unido" e que soube escolher o lado correto. "Nosso diferencial é ter posição clara, de reconhecer que a cidade tem problemas históricos, que nós não resolvemos em oito anos, e também não vai se resolver em mais quatro".

Elmano de Freitas também ressaltou o papel das alianças consolidadas durante a campanha, a exemplo do próprio vice, Antônio Mourão (PR), cujas lideranças do partido já foram opositoras do PT, como o ex-governador Lúcio Alcântara. "Tem o trabalho com os aliados, de fazer as coisas juntos, pensar o programa juntos e discutir as estratégias", pontuou.

Oligarquia

A prefeita Luizianne Lins minimizou as críticas recentes feitas pelo governador Cid Gomes e afirmou que ele não sabe o que significa a palavra oligarquia. "O movimento para mim é muito claro, a sede de poder que a oligarquia tem é uma coisa impressionante", considerou.

Luizianne também declarou que o discurso que o candidato Roberto Cláudio está pregando, que promete uma renovação na cidade, pode deixar alguns eleitores balançados, mas ela classifica como um "apelo de mudança". "Eu costumo dizer que nem toda continuidade é ruim e nem toda mudança é boa", afirma.

Apesar de chamar a militância para as ruas em apoio a Elmano de Freiras, Luizianne evitou falar em vitória, lembrando que os candidatos "estão rigorosamente empatados", segundo a última pesquisa do Ibope. "É possível que essa eleição seja definida por três ou quatro mil votos", disse.

Atentos

De acordo com a prefeita, os apoiadores do postulante Roberto Cláudio estariam fazendo "terrorismo para deixar a militância constrangida". Ela também acusou a campanha da oposição de estar gastando muito dinheiro "nas zonas mais vulneráveis da cidade" e disse que os eleitores terão de ficar atentos no dia da votação para supostos casos de compra de votos. Luizianne disse que "Fortaleza nunca viveu isso, um acinte desse, do ponto de vista financeiro".Para Antônio Mourão "devemos lutar para fazer a festa da liberdade e desta cidade. O povo não se entrega a caprichos e cambalachos".
fonte:diário do nordeste

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