quarta-feira, 18 de março de 2015

Datafolha – Impeachment não foi o principal apelo dos manifestantes nas ruas

O Datafolha realizou pesquisa durante a manifestação do domingo, 15, em São Paulo e apontou que a principal motivação das pessoas que foram às ruas foi protestar contra a corrupção. A informação foi divulgada nesta terça-feira (17), pela Folha de S. Paulo. Instituto de pesquisa ouviu manifestantes tanto dos protestos do dia 15 como da sexta-feira, 13.
Conforme o Datafolha, a corrupção foi o motivo citado por quase metade (47%) dos 210 mil manifestantes que lotaram a avenida Paulista no domingo. O pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) aparece em segundo lugar, mencionado por 27%. Depois são apontados os protestos contra o PT (20%) e contra os políticos (14%).

Entre os manifestantes de domingo, segundo o Datafolha, 82% declaram ter votado em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições, 37% disseram ter simpatia pelo PSDB, 37% são assalariados registrados, 74% participava de um protesto de rua pela primeira vez e 76% têm nível superior.
No protesto da sexta-feira, 13, o Datafolha realizou a mesma pesquisa e constatou que as principais motivações para o protesto foram contra as perdas de direitos trabalhistas (25%), por aumento salarial para professores (22%), por reforma política (20%), em defesa da Petrobras (18%) e em defesa de Dilma (4%).

Dos 41 mil manifestantes em São Paulo, 71% disseram ter votado em Dilma no segundo turno. 39% preferem o PT, 44% são funcionários públicos, 48% foram à manifestação pela primeira vez e 68% têm nível superior.
A renda salarial dos manifestantes de domingo, segundo o Datafolha, era um pouco mais alta. 41% declararam receber mais de 10 salários mínimos contra 12% no protesto convocado pela Central Única dos Trabalhadores. Ambos os manifestantes concordaram que “a democracia é sempre melhor” e que a avaliação do Congresso Nacional é “ruim/péssima”.
Na avaliação do governo Dilma, 96% dos integrantes do protesto de domingo disseram que a gestão é “ruim/péssima” e 3% disseram ser “regular”. Na manifestação de sexta-feira, 37% julgou como “ótimo/bom”, 35% como “regular” e 26% como “ruim/péssimo”

(com Agências)

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