O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indicou nesta
segunda-feira, 16, que vai arquivar os pedidos de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff que chegarem à Casa. Cunha, que é o terceiro na linha
de sucessão da Presidência, disse que não leu o pedido do deputado Jair
Bolsonaro (PP-RJ), mas acredita que o impeachment “não é a solução”. Ele ainda
disse que o impedimento da presidente é uma situação que “beira o ilegal e o
inconstitucional”.
“Temos
que debater, sim, o que aconteceu nas ruas ontem. Temos que buscar formas que
ajudem o governo a se encontrar com aquilo que a sociedade deseja ver. Mas não
a partir de situações que cheiram e beiram o ilegal e o inconstitucional”,
completou.
O presidente da Câmara aproveitou para fazer críticas ao governo e aos
ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da
Secretaria-Geral da Presidência, escalados para defender o governo no início da
noite desse domingo, 15. Cunha disse que a fala dos ministros não refletiu o
clima das ruas e chamou a participação dos dois de “desastre”. “Não vi ninguém
nas ruas pedir reforma política, vi pedir reforma de governo”, disse Cunha.
Sobre
a proposta apresentada pelos ministros de um pacote anticorrupção, Cunha
ironizou dizendo que há dois anos escuta o governo dizer que vai mandar as
medidas para o Congresso. “Qualquer proposta que mandarem eu coloco em votação
imediatamente”, disse.
Fonte: Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário