“O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, disse que o projeto
que regulamenta a terceirização nas empresas fragiliza as relações de
trabalho. “Ele expõe muito o trabalhador e desmonta um processo que
existe entre o empregado e o empregador, via representação sindical. E
isso fragiliza, desestrutura toda a cadeia e, por isso, sou
conceitualmente contra [o projeto]”.
Segundo Gabas, o governo não tem uma posição centralizada e várias
pessoas deram opinião sobre o assunto, “inclusive a presidenta [Dilma
Rousseff], que manifestou preocupação com a forma com que o texto foi
votado na Câmara, que traz um risco ao trabalhador”.
O ministro falou sobre a sobre as mudanças nos seguro previdenciário
que, segundo ele, não tem relação direta com o ajuste fiscal do governo
federal. “As mudanças foram propostas pela oportunidade da discussão. É
claro que, no tempo, elas trarão economia de recursos, mas o objetivo é
racionalizar o processo de concessão, torná-lo mais eficiente,
protegendo o fundo que é a fonte de recursos para pagamento de
benefícios”, disse.
Para ele, é necessário adequar as regras da Previdência à realidade
social. “Nós não defendemos uma ampla reforma, mas temos a convicção de
que a sociedade é dinâmica e as regras têm que ser dinâmicas também. Têm
que acompanhar a nova realidade da sociedade. Foram estabelecidas há
mais de 50 anos, então precisam ser atualizadas para garantir,
inclusive, a sua sustentabilidade”.
Segundo ele, apesar de o ajuste fiscal não ser o aspecto central das
mudanças, a previsão inicial é uma economia de R$ 18 bilhões só em
2015.”
(Agência Brasil)
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