“Depois de cinco meses presos, nove executivos de empreiteiras
investigadas na Operação Lava Jato deixaram hoje (29) a prisão em
Curitiba. Eles foram beneficiados ontem (28) pela decisão da Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liberdade aos
investigados. Por maioria de votos, os ministros entenderam que a prisão
preventiva não pode ser aplicada como sentença antecipada, mesmo diante
da gravidade dos crimes praticados.
Com a decisão do Supremo, foram soltos os executivos da OAS José
Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin, Mateus Coutinho e José
Aldemário Filho, além de Sérgio Mendes (Mendes Júnior), Gerson Almada
(Engevix), Erton Medeiros (Galvão Engenharia), João Ricardo Auler
(Camargo Corrêa) e Ricardo Pessoa (UTC). Os executivos estavam presos na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e no Complexo
Médico-Penal do Paraná, em Pinhais (PR), região metropolitana da capital
paranaense.
Antes da liberação, os investigados foram levados para audiência com o
juiz Sérgio Moro, onde assinaram termo de compromisso para cumprir as
medidas cautelares determinadas pelo Supremo e colocarem as
tornozeleiras eletrônicas.
Em troca da liberdade, os investigados cumprirão prisão domiciliar,
serão monitorados por tornozeleira eletrônica, não poderão ter contato
com outros investigados e deverão comparecer à Justiça a cada 15 dias.
Todos estão proibidos de deixar o país e deverão entregar o
passaporte. Os executivos foram presos em novembro do ano passado, por
determinação de Sérgio Moro, com base em acusações colhidas em
depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa .”
(Agência Brasil)
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