As obras do Residencial Nova Caiçara,
que está sendo construído pelo Governo Federal através do Programa Minha Casa,
Minha Vida viraram caso de polícia nesta terça-feira (28), em Sobral. O
Ministério Público do Trabalho já investigava uma série de denúncias de
trabalho escravo e salários atrasados. Operários maranhenses como Francisco de
Assis, que veio do município de Tutoia, e Antônio Agenor, que saiu de Araioses,
estavam há mais de um ano, vivendo em condições mínimas de sobrevivência, sem
comida em vários momentos e há três meses sem receber salário. O caso já está
sendo investigado pelo Ministério Público do Trabalho.
A construtora paulista Bom Jesus LTDA, terceirizada pela mineira
Direcional, abandonou a obra e deixou um rombo que pode chegar a meio
milhão de reais. Cerca de 83 operários, já procuraram a Delegacia
Regional do Trabalho, onde disseram ter sido obrigados pela empresa Bom
Jesus, a assinar as homologações sem o repasse do fundo de garantia dos
mesmos. Eles protestaram fechando a entrada principal do canteiro de
obras em Sobral, na manhã dessa terça-feira, e a policia teve qier ser
chamada.
Além de não pagar os trabalhadores, a empresa também deixou uma dívida
de cerca de R$ 30 mil com a empresa E10 Alimentos, que fornecia
quentinhas para alimentação dos operários. As casas locadas para abrigar
os operários também estão com seus aluguéis atrasados há três meses,
segundo um deles. Uma empresa de segurança contratada para evitar furtos
de cobre dos apartamentos em obra, também ficou sem receber cerca de R$
9 mil.
Segundo informações repassadas por funcionários do escritório central da
Direcional, em Sobral, parte dos repasses que deveriam ser feitos a Bom
Jesus Ltda foram bloqueados, e agora a Direcional está negociando com a
Procuradoria Regional do Trabalho uma forma de regularizar a situação.
Segundo os operários, cerca de 600 apartamentos estão com as obras
paradas no programa em Sobral.
Fonte: Com informações do Sobral Press
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