O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, tem pretensões de permanecer
por mais tempo na chefia daquela casa Legislativa. Pelo menos é o que vem
demonstrando a interlocutores próximos. Ele tenciona votar um projeto que lhe
permita disputar a reeleição, em 2017. O projeto também beneficiaria o
presidente do Senado, Renan Calheiros.
O
problema é a insatisfação que tem gerado as atitudes de Cunha e sua tática de
“morde e assopra” com o governo federal. Mesmo demonstrando sinais de boa
vontade, ele ainda é visto com certa desconfiança pelo Governo. Pela
Constituição, o mandado de presidente da Câmara ou do Senado é de dois anos,
vedada a recondução na mesma legislatura.
Para
agilizar o processo ele teria que desengavetar a PE 101/2003, que em 2004 foi
apresentada no intuito de beneficiar o então presidente João Paulo Cunha (PT),
mas não prosperou. O texto perdeu por apenas cinco votos. Como foi rejeitado
apenas o substitutivo o projeto ainda pode ser votado, por não ser matéria
vencida
Outro
caminho seria apresentar uma nova emenda. Com isso ele teria tempo para
conseguir o apoio de 171 parlamentares e ter a garantia de aprovação pela
Comissão de Constituição e Justiça e por uma comissão especial antes de ir a
voto no plenário.
Questionando
sobre o projeto, ele desconversou, disse não ser de sua iniciativa e nem saber
se será candidato. Nos bastidores, porém a história é outra. Aliados de Cunha
já estariam coletando assinaturas nesta semana. Para aprovar a matéria ele
precisará, no entanto, de 320 votos em plenário.
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