Um policial militar e um ex-PM foram presos nesta quinta-feira (7),
acusados pela polícia da chacina ocorrida em 18 de abril, na sede da
torcida organizada do Corinthians Pavilhão 9, na qual oito homens foram
assassinados a tiros.
Há suspeita de que o terceiro envolvido nos assassinatos também seja
um policial, segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo
(SSP-SP), Alexandre Moraes. O motivo do crime seria uma dívida de
drogas: uma das vítimas, Fábio Neves Domingos, devia dinheiro ao
ex-policial, chamado apenas de Rodnei, e que foi expulso da corporação
justamente por ser traficante, informou Moraes. O nome do policial não
foi divulgado, mas apenas que pertence ao 33º batalhão da PM, em
Carapicuíba.
Luis Fernando Teixeira, titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos
do DHPP, disse que uma testemunha presencial reconheceu, por fotografia,
os dois acusados de invadir a sede da torcida organizada para cometer
os crimes, o que foi decisivo para a investigação.
Os novos indícios que levaram aos nomes dos dois presos surgiram em
27 de abril. “Com esses reconhecimentos, nós juntamos com outros
indícios e, a partir daí, foi requerida nesta semana a decretação de
duas prisões e os mandados de busca e apreensão”, disse Teixeira.
O secretário informou ainda que “essa pessoa, se comprovado que
praticou esse crime, não é um policial militar, é um bandido de farda”.
Questionado sobre a sua negativa de envolvimento de policiais na
chacina, em entrevista coletiva no dia 24 de abril, Teixeira explicou
que, na época, “não havia nenhum indício de participação de policial
militar”. Porém, completou: “Se no curso da investigação, eu soubesse,
também não diria”.
(Agência Brasil)
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