“O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje
(21) que a votação do veto presidencial ao reajuste dos servidores do
Poder Judiciário é um assunto preocupante em período de ajuste fiscal.
De acordo com o deputado, até o adiamento da votação de amanhã (22) para
outro momento poderia ser uma saída. ”Concretamente, não se deve
derrubar esse veto. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na
fogueira, de acender fósforo em tanque de gasolina. Eu não sou
partidário disso”, afirmou.
Conforme Eduardo Cunha, o ideal seria até não votar os vetos nesta
terça-feira, mas, segundo ele, o adiamento da votação poderia levar a
outro tipo de problema, que seria o acúmulo de matérias para serem
apreciadas pelo Congresso. “Não se pode votar LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) e o Orçamento se não decidir os vetos”, disse.
Para o presidente da Câmara, a situação das votações dos vetos está
mudando. “Sinceramente, acho que se fosse [a votação] há duas semanas
derrubava-se [o veto]. Hoje, não vejo assim. Até líderes da oposição
estão mais comedidos a respeito do assunto.”
Eduardo Cunha acrescentou que, à medida que o governo vem com déficit
[no Orçamento], “não tem sentido a gente recriminar as propostas de
criação de impostos e ajudar a criar despesas”.
A votação do veto do reajuste nos salários do Judiciário em até 78,56
%, considerado o mais polêmico, é um dos 32 vetos da pauta de votações
da sessão do Congresso Nacional, marcada para amanhã. a partir das 19
horas. Desde que a presidenta Dilma Rousseff vetou o reajuste, todas as
terças e quartas-feiras servidores do Judiciário lotam as dependências
da Câmara e do Senado, com cartazes para pressionar parlamentares.”
(Agência Brasil)
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