Mais um aumento para o consumidor.
O Sindigás informou que a partir desta terça-feira o Gás GLP (o gás de
botijão) terá reajuste médio de 15% no preço praticado pelas refinarias,
de acordo com comunicado enviado pela Petrobras às distribuidoras na
tarde desta segunda-feira. Esse é o primeiro aumento desde dezembro de
2002. O repasse vale para os botijões de até 13 quilos. Segundo
estimativas do mercado, a expectativa é que o reajuste seja repassado
integralmente ao consumidor, já que as empresas do setor vêm sofrendo
com o aumento dos custos, como o de energia elétrica e frete.
Hoje, são comercializados 7,3 milhões de toneladas de GLP por ano no Brasil.
Desse total, 72% são concentrados em botijões de até 13 quilos. Segundo
Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, são comercializados
35 milhões de botijões por mês em 100% dos municípios do país.
- Foi uma surpresa esse reajuste, pois chegou em um momento em que coincide com outras pressões inflacionárias - disse Mello.
Além disso, completou uma fonte, as empresas
do setor (como SupergasBras, NacionalGas, UltraGas, Liquigas e Copagas)
não vão conseguir segurar o preço por muito tempo, pois ainda há uma
pressão por reajuste salarial, já que a data-base é em setembro. No
entanto, o reajuste exato tende a variar por empresa. A comunicação da
Petrobras às distribuidoras foi feito através do chamado “Canal
Cliente”.
Na
última semana (até o dia 29), o preço médio do botijão do GLP no Estado
do Rio de Janeiro era de R$ 43,83. Agora, o valor tende a subir para
algo em torno de R$ 50,40. Já na cidade do Rio, o preço tende a subir de
R$ 40,49 para R$ 46,56. Os valores não incluem o ICMS, que também vai
aumentar, já que incide sobre o valor cheio do botijão.
Em
nota, o Sindigás esclarece que, “como os preços são livres em todos os
elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los, a alta do preço
do produto nas refinarias aumenta a pressão de custos sobre o Gás GLP
para o consumidor final. Por isso, o Sindigás orienta o usuário a
pesquisar os valores cobrados pelas revendas para escolher aquele
fornecedor que não só tem preços mais vantajosos, mas também que oferece
os melhores serviços”.
Procurada, a Petrobras ainda não se pronunciou.
Fonte: oglobo.globo.com
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