O PT está
contando votos para reverter o processo de impeachment no Senado. A estratégia
é retomar o discurso de novas eleições e convencer a presidente afastada Dilma
Rousseff a se comprometer com a proposta, caso ela volte ao poder. Assim,
petistas dizem acreditar que será mais fácil fazer com que alguns senadores que
votaram pela abertura do processo mudem de voto na fase final.
Para que a
presidente seja definitivamente afastada são necessários 54 votos. Na sessão de
admissibilidade, 55 senadores votaram pela abertura do processo. O PT calcula
entre dez e 13 senadores considerados "potenciais" para mudar de
voto, mas para garantir a permanência de Dilma só precisaria reverter de fato
quatro posicionamentos.
Os nomes
favoritos dos petistas para reverter a votação são os senadores do Distrito
Federal, Cristovam Buarque (PPS-DF), Antônio Reguffe (sem partido) e Hélio José
(PMDB-DF). O entendimento é que as medidas de Temer com cortes no serviço público,
concursos e reforma da Previdência enfraquece o eleitorado brasiliense de
classe média. Tanto Cristovam quanto José afirrmaram na primeira sessão que
votavam apenas pela abertura do processo e que poderiam mudar de opinião. Reguffe
foi mais crítico em seu discurso contra o governo Dilma, mas ele faz parte do
grupo de senadores que defendem a PEC das novas eleições.
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