quinta-feira, 2 de junho de 2016

Petrobras – Novo presidente da estatal é a favor da revisão da Lei da Partilha do Pré-sal

pedropar
“O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou hoje (2)  que a empresa apoia a revisão da Lei de Partilha com a substituição da obrigatoriedade de participação com pelo menos 30% dos investimentos em cada campo de exploração do pré-sal pelo direito de preferência, de acordo com a avaliação de onde é melhor fazer parte do negócio.
Parente disse que o Brasil e a Petrobras “não podem se dar o luxo de esperar tempo demais” e que é necessário levar o pré-sal a seu potencial máximo, sem se prender a amarras dogmáticas. Se se  considerar a situação financeira atual, se a exigência de participação de 30% permanecer, disse ele, a consequência será retardar, sem previsão de prazo, a exploração plena do potencial do pré-sal.
“Essa obrigação retira a liberdade de escolha da empresa de somente participar na exploração e produção dos campos que atendam seu melhor interesse. Mantida essa obrigação, a empresa pode se ver forçada a participar de empreendimentos que, segundo a sua própria avaliação, não seriam prioritários naquele momento ou mesmo que não teriam viabilidade econômica, o que será imperdoável em uma empresa listada em Bolsa [de Valores] e com milhares de acionistas”, acrescentou Parente, em discurso ao receber o cargo de presidente da Petrobras.
Ele informou que, no dia 8 de maio, a empresa e seus parceiros atingiram pela primeira vez a marca de 1 milhão de barris de petróleo produzidos na área do pré-sal e disse que tal patamar merece ser comemorado. “Esse número representa 40% da produção operada pela Petrobras no Brasil, volume que iguala aquele alcançado pelo país em 1998, após 45 anos de atividades. O pré-sal já é uma realidade, mas tem muito mais a proporcionar.”
Parente reafirmou que a definição da política de preços da Petrobras é resultado de análise empresarial e que não cabe ingerência política, o que faz parte da visão clara a respeito da gestão da empresa que foi apresentada a ele pelo presidente interino Michel Temer. “Compartilhamos da visão de que a empresa tem de estar sempre livre de qualquer tipo de pressão política e protegida de qualquer agenda partidária e eleitoral.”
(Agência Brasil)

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