quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Bolsonaro declara guerra contra toda a esquerda com alegações contra o “crime organizado”




No dia de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, o presidente fascista Jair Bolsonaro, enviou uma mensagem para os parlamentares. A mensagem foi entregue pelo ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni.
“O governo brasileiro declara guerra ao crime organizado. Guerra moral, guerra jurídica, guerra de combate. Não temos pena nem medo de criminoso. A eles sejam dadas as garantias da lei e que tais leis sejam mais duras. Nosso governo já está trabalhando nessa direção”.
A mensagem enviada afirma ainda que o governo anterior foi “demasiadamente permissivo” e “efusivo na vitimização social”, mas também deu a entender que a esquerda também pode ser enquadrada como organização criminosa quando afirmou que “…o Estado foi assaltado. O Erário foi colocado à disposição de tiranetes mundo afora.”
Horas antes, o ministro golpista Sérgio Moro, entregou um pacote de medidas de “luta contra corrupção” e contra “organizações criminosas”, que aumentam a repressão contra os trabalhadores e dá licença para matar aos policiais.
A direita quer enquadrar a esquerda com organização criminosa, começando pelo PT mas visando todas as organizações de esquerda e movimentos sociais. Em novembro do ano passado, a justiça golpista abriu uma ação penal por suposta organização criminosa envolvendo dirigentes do Partido dos Trabalhadores.
É preciso ficar claro que a mensagem de combate ao “crime organizado” visa atacar duramente as organizações de esquerda, partidos políticos e movimentos sociais. Até porque a direita, e em particular a família Bolsonaro, está ligada a atuação das milícias nos morros cariocas e ao tráfico de drogas.
Há muito tempo a extrema-direita tenta enquadrar movimentos sociais como organizações criminosas e terroristas, onde a situação política anterior não foi possível, mas agora no governo Bolsonaro tende a se concretizar.

As organizações de esquerda e progressistas tem que denunciar a tentativa da extrema-direita de colocar a esquerda como organização criminosa para realizar os ataques contra a classe trabalhadora, com privatizações e retirada de direitos.

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