segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um dia para Cid Gomes esquecer...

O que era para ser um dia de festa acabou se transformando no dia mais triste da vida do governador Cid Gomes, que veio a Sobral neste domingo (23) para assinatura da ordem de serviço para internalização da fiação aérea do centro histórico de Sobral.
Durante a solenidade, na Margem Esquerda, um público de cerca de 8 mil pessoas, formado em sua maioria por jovens estudantes, e que esperavam pelo show do cantor maranhense Zeca Baleiro, vaiaram incansavelmente Cid Gomes. Era a repercussão dos recentes episódios envolvendo o Governo do Estado e os professores da rede estadual, que gerou uma greve que se estendeu por 62 dias, e que teve seu ápice negativo naquele episódio da agressão aos professores no interior da Assembleia Legislativa.
As vaias ofuscaram um pouco o brilho da festa preparada especialmente pelo prefeito Veveu Arruda para marcar esta grande obra que começa a ser executada já nesta semana, e que colocará Sobral no rol das pouco mais de 100 cidades do Mundo, que possuem este tipo de intervenção.
Logo que o nome de Cid Gomes foi anunciado, começaram as vaias. Puxadas por um grupo de professores que se postou estrategicamente diante do palco, e que traziam uma faixa onde se podia ler; César (fazendo uma analogia entre Cid e o imperador romano César) - panis et circenses ( que significa "pão e jogos circenses", mais popularmente citada como pão e circo). No meio dos jovens, as vaias ecoaram por toda a Margem Esquerda, deixando o governador visivelmente constrangido.
O prefeito Veveu Arruda, primeiro a usar a palavra, tentou minimizar a situação enaltecendo o nome de Cid Gomes e pontuando as diversas obras executadas ou em execução na cidade.
Chegada a hora de falar, Cid Gomes não se deixou abater, e diante do grupo que puxava a manifestação chamou um dos manifestantes ao palco. Era o professor Jânder Alcântara, que ao seu modo aconselhou Cid Gomes a usar melhor as palavras, referindo-se a frase de Cid de que os professores deveriam trabalhar por amor.
De volta ao microfone, Cid Gomes começou externando seu sentimento de decepção com a situação, improvável até mesmo para o adversário mais ferrenho. Usou de sua habilidade em oratória para tentar explicar a frase do amor ao trabalho, enumerou obras e fechou o discurso dizendo que continuará fazendo tudo aquilo que acredita ser o melhor que ele possa fazer pelo povo do Ceará, e em especial pelo “seu” Sobral.
Interessante foi que, ao final de seu pronunciamento as vaias quase não foram ouvidas, ou pelo menos foram minimizadas em sua grande maioria.
fonte:sobral em revista

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