terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Levy é a estrela do governo do PT

Quem diria que seria possível ver brilhar, num governo petista, uma estrela liberal, ortodoxa e com luz própria? Sob a ótica da primeira administração de Dilma Rousseff, Joaquim Levy chega ao Ministério da Fazenda quase como um anti-herói, ou será vilão? Afinal, pela agenda apresentada pelo economista em seu discurso de posse, o “necessário” não combina em nada com o “agradável”.

Para financiar os ajustes, Levy já avisou, das formas mais eufemísticas possíveis, que vai haver aumento de impostos. Sim, porque não há milagre. Para controlar o endividamento público, o Estado vai precisar arrecadar mais. E já que a economia não cresce, a carga tributária precisa aumentar. Talvez o novo ministro comece retirando benefícios concedidos nos últimos quatro anos, como as desonerações de alguns setores ou a volta dos impostos que foram retirados de algumas cadeias de produção.

O economista mais badalado do momento no Brasil já tem agenda e time preparados para transformar o quatro anos de Dilma. Não há “estrelas” na equipe que vai comandar o caixa federal, a arrecadação, os gastos e as escolhas para economia sob a gestão de Levy. Mas a maioria dos nomes escolhidos já teve experiência na máquina pública e são nomes de confiança do próprio ministro.

Esta escolha demonstra que, pelo menos para trazer seu time, Joaquim Levy ganhou liberdade da presidente Dilma. Os nomes foram tão bem guardados que ninguém conseguiu acertar ou antecipar alguém, num furo de reportagem. Outra demonstração de estilo de gestão do ministro: centralização e domínio sobre seu entorno.

A fala mansa de Joaquim Levy pode ser a chave de seu sucesso e manutenção de seu brilho. Foi assim que ele defendeu o fim do “patrimonialismo” do Estado brasileiro, avisando aos “campeões nacionais”, que se beneficiaram com ações do primeiro mandato de Dilma, que o dinheiro barato às custas do Tesouro Nacional vai minguar.

E para selar a marca que pretende impor ao seu mandato, o novo ministro da Fazenda lembrou uma das máximas da economia que o Brasil descuidou nos últimos anos: “Apenas o trabalho pode gerar riqueza”, disse Joaquim Levy.

fonte:g1.com

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